Para que serve
O índice permite um mapeamento detalhado da educação brasileira, com dados por escolas, municípios e estados, além de identificar quem são os que mais precisam de investimentos e cobrar resultados. A Prova Brasil e o SAEB são aplicados a cada dois anos. A coleta e compilação dos dados demora cerca de um ano. Quando o IDEB foi criado, foram utilizados os dados de 2005, divulgados em 2006. Neste ano, saíram os resultados de 2007, tornados públicos em 2008.
Para os pais, o Ideb é uma excelente ferramenta para orientar a escolha de qual escola matricular seus filhos e também para estimulá-los a cobrar, dos governantes e dos diretores das instituições, melhorias. Aos responsáveis pelas escolas, o índice aponta bons exemplos que merecem ser seguidos (colégios que precisam se aperfeiçoar podem pesquisar boas iniciativas em seus vizinhos mais bem colocados no ranking). Além de instrumento de análise, o Ideb é também um sistema de metas. As metas são estipuladas de acordo com o patamar atual de cada instituição, mas todas devem melhorar seus índices. O Ideb ainda ajuda prefeitos e governadores a radiografar quais são as escolas problemáticas e promissoras de sua rede.Os resultados mais recentes apontam, a média de 4,2 para as séries iniciais do Ensino Fundamental, 3,8 para as últimas séries do Ensino Fundamental e 3,5 para o Ensino Médio. Em 2005, as médias eram mais baixas: 3,8; 3,5 e 3,4, respectivamente. Em contrapartida, 22,1% colégios tiveram desempenho pior e 4,9% permaneceram no mesmo patamar. A porcentagem de escolas que tirou seis ou mais no Índice subiu de 0,3% para 1,2%. Nos últimos dois anos os números cresceram em todas as etapas do ensino. Tanto que, no geral, os objetivos previstos para 2009 foram atingidos antes da hora. Apesar disso, os números ainda são muito inferiores aos dos países desenvolvidos, que apresentam média 6,0. O objetivo é alcançar essa marca até 2021.
O que é preciso para o Ideb dar certo
Estados e municípios devem usar os resultados do índice como parâmetro para orientar a melhoraria do ensino em sua rede. Uma análise das instituições campeãs do ranking mostra que medidas simples trazem resultado. O que essas escolas têm de diferente, no geral, é seu empenho em ensinar, ou seja, o compromisso de cada educador com seus alunos. Traduzindo em exemplos: nesses colégios mais bem colocados, a média de permanência do diretor no cargo é de no mínimo três anos, contra a média nacional de doze meses. Outro: neles lê-se pelo menos quatro livros por semestre, enquanto a maior parte das escolas brasileiras não faz exigência de leitura. A porcentagem de professores com curso superior completo também é maior nos endereços mais próximos da excelência (92% contra a média nacional de 68%).
Quem melhorou no Ideb em relação a 2005
O Ideb de 2007 mostrou que a educação não avançou igualmente por todo o país. O ensino fundamental de estados do Nordeste foi o que mais conseguiu elevar suas notas em relação a 2005. No primeiro ciclo do ensino fundamental, Alagoas passou de 2,5 para 3,3. O Maranhão saltou de 2,9 para 3,7. Mas os dois estados ainda mostram desempenho abaixo da média nacional, que é de 4,2 pontos na categoria. Nas séries finais do fundamental, Mato Grosso saltou de 3,1 para 3,8. O Amazonas subiu de 2,7 para 3,3, enquanto a média nacional ficou em 3,8 pontos.
Quem piorou no Ideb em relação a 2005
O Rio de Janeiro não atingiu sua meta para 2007 e, pior, teve pior pontuação do que em 2005. Houve uma queda de 2,54% na nota, que era de 3,3 e passou a ser 3,2.
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Há 2 semanas
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